22 de mai. de 2016

REVIEW | BLASTER MASTER 2: CAGANDO UMA SEQUENCIA


Olá, Internets, sentiu falta dos meus textos? Tenho certeza que não. Enfim, agora com um PC conectável a internet, posso voltar a escrever asneiras.

Em se tratando de jogos antigos, é raro, bem raro, eu ser surpreendido com algum jogo. Não que eu tenha jogado somente jogos ruins, ou não tenha gostado do que tenha jogado. Diabos, Mr. Gimmick (ou Gimmick no Japão) é um jogo muito bom. Vejam o vídeo do Pat the NES Punk a respeito, dá pra situar bastante. Mas não é de Gimmick que vou falar. O jogo que realmente me surpreendeu quando joguei foi Blaster Master do NES.



A primeira vez que ouvi a sério falarem em Blaster Master (apesar de provavelmente eu ter lido alguma coisa sobre ele), foi quando gravei um podcast sobre remakes, e acabou sendo citado na conversa. Fora isso, deixei passar. E se não me engano, o Blaster Master de PS1 foi citado na primeira edição da Old Gamer. Mas fora isso, nunca parei pra prestar atenção em Blaster Master... Até alguns dias atrás. 


A cena de introdução do jogo é bastante satisfatória. Apesar de ela não fazer muito sentido, se compararmos com Ninja Gaiden ou Vice: Project Doom, mas é um avanço em relação a versão japonesa (Cho Wakusei Senki Metafight) que não possui introdução, porém, quando vemos o Sophia the 3rd partindo, ao som do tema da primeira fase, o sentimento é "Isso vai ser FODA!", e a princípio, é um jogo cujos gráficos estão no padrão de decentes, do NES. 


Ele ainda não tinha sido explorado ao máximo (Super Mario Bros 3 viria a sair em 1989, e a trilogia final do Megaman do NES e Kirby sairiam muitos anos depois), então os desenvolvedores fizeram o que puderam pra deixar eles limpos e de maneira que o jogador soubesse onde está... Mesmo o jogador se perdendo, mas aí varia de pessoa pra pessoa. O jogo segue dois tipos de jogabilidade, não irei me alongar sobre ele (papo pra outro dia), mas basicamente ele possui uma jogabilidade simples, e os controles respondem bem. A trilha sonora é animal e uma das melhores da geração 8-bit. 


O jogo possui suas falhas, mas no geral é um excelente jogo e uma ótima adição, caso queira ter em sua coleção de jogos de NES. A questão é, que apesar da sua qualidade, as vendas de Metafight no Japão foram fracas e a divisão Japonesa da Sunsoft sequer cogitou transformar Metafight em uma franquia, porém em território ocidental, Blaster Master foi bastante elogiado e vendeu muito bem, a ponto de ser adaptado para um livro (falarei sobre a série Worlds of Power algum dia... Se meu cartão de crédito permitir :p). E como os americanos queriam uma sequência, mas os japoneses desistiram, como proceder? Simples, contrate um estúdio ocidental e encomende um novo jogo para um dos sistemas mais daora do momento! No caso, a Software Creations foi convocada a usar o Blast Processing do Mega Drive e criar Blaster Master 2.


...

O jogo é pura e simplesmente uma caca.



As imagens enganam muito, pois o jogo é bem bonito para os padrões do mega, e graças a deus não usam um esquema de cores que satura a tela e fica doloroso de ver. A trilha pode até ser considerada bacana, se esquecermos das músicas do nes. Aqui temos algo mais que não sei vocês, mas a trilha de Blaster Master 2 cairia bem em um jogo a la Turrican. Divago, apenas.

Mas se os gráficos são bons e a música decente, como Blaster Master 2 é ruim, Kyo? Simples, a jogabilidade é MUITO FALHA. Apesar do Mega Drive e o NES terem a mesma quantidade de botões (4), as coisas aqui não são nada intuitivas quanto no jogo de 8-bits, apesar da possibilidade de atirarmos nas diagonais, o veículo demora demais pra mudar a direção dos disparos, o que pode levar a tomarmos danos desnecessários. Entrar e sair do veículo é igualmente não intuitivo. Enquanto que no NES, tínhamos A e B para tiros e saltos, combinando com o direcional pra baixo pros tiros especiais e o select pra sair do veículo (e entrarmos nos labirintos, onde a jogabilidade muda).



No Mega, tudo é confuso e pra aumentar ainda mais a pilha de bosta, enquanto no primeiro jogo Jason tem uma barra de energia própria e Sophia tem outra, aqui, veículo e humano compartilham a mesma barra de energia. Então pra que diabos serve o veículo se não pra proteger o motorista? Não faz sentido nenhum! Em alguns lugares que Jason entra, ele combate contra chefes em locais fechados... Chefes que não passam de inimigos regulares ampliados, o que soa totalmente ridículo, quando tínhamos chefes únicos no jogo de NES. Eu não avancei o suficiente no jogo pra ver o que tinha, já que o material que me foi fornecido no começo do jogo, foi extremamente desanimador...

Eu queria poder falar mais de Blaster Master 2, mas com tantos erros e imprecisões, fica difícil avançar no jogo, que é muitíssimo mais confuso que o jogo de NES, que é uma alternativa mais limpa e menos confusa a Metroid. Eu sei que o final do texto tá anti climático, mas o veredito é: Não joguem Blaster Master 2. Joguem o de NES e seu remake do Wii, jogue os spin-offs de Game Boy e Game Boy Color e se tiver coragem, se arrisque no Blasting Again de PS1, que aliás, torna canônico alguns dos eventos do livro de Blaster Master.

Queria falar mais, mas acho que isso é tudo, até a próxima.

3 comentários:

  1. Interessante esse seu post Kyo já tinha visto e lido a respeito do jogo de Nes mas não me lembrava que tinha outras continuaçôes desse jogo vou dar uma conferida nesses.

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