8 de mai. de 2011

The King of Fighters Maximum Impact 2 (PlayStation 2)



Primeiramente, a má notícia: O review de hoje seria de Breakers, de Neo Geo. Mas o apaguei acidentalmente antes de salvar, então mudamos. Vamos com o review de The King of Fighters: Maximum Impact 2, de PS2.

Em meados de 2004, a SNK resolveu inovar e criar um episódio de The King of Fighters em 3D, assim surgia Maximum Impact, que se distanciava dos jogos principais de KOF (3 x 3) e voltando as raízes de combate do torneio (criado em Fatal Fury e Art of Fighting) com combates 1 contra 1, além do torneio (assim como em KOF 2000) retornar as suas raízes de South Town. A história de KOF Maximum Impact contava a luta de dois irmãos, Alba e Soiree Meira, contra a organização Mephistopheles, liderada por Duke, que ordenou a execução de Fate, pai adotivo de Alba e Soiree. O game receberia uma expansão/revisão, chamada Maximum Impact Maniax, para Playstation 2/Xbox. Tempos depois, chega a sua sequência.

O "rei" de Southtown, Duke, fora derrotado por Alba Meira, e Southtown se encaminha para um possível período de paz, com a cidade sob o comando dos dois irmãos Meira. Mas ainda uma sombra paira pela cidade... Quem seriam os responsáveis pela tal organização Addes? E nesse clima, novos convites chegam a diversos lutadores, um novo torneio aonde ressentimentos, lutas, desejos e sonhos se encontram, num novo King of Fighters.


A mecânica de combate continua sendo de lutas 1x1, porém sendo mais refinada que a de seu antecessor. Apesar do jogo ser em 3d, a jogabilidade tenta traduzir o 2d, porém sendo mais acessível para novatos. Nos jogos clássicos, eram necessários movimentos rápidos e velozes para fazer combos e vencer as lutas. Aqui, as lutas estão levemente cadenciadas e a criação de combos é mais branda, permitindo o usuário criar combos com alguns golpes simples, e conforme for progredindo no jogo, aprendendo a usar os golpes e combos de uma maneira que possa causar o maior dano possível.

O grupo de personagens está maior do que o anterior, contando com novas caras e caras conhecidas. Embora o elenco seja robusto, apenas os personagens iniciais possuem finais. Cada personagem tem um setlist e estilo de combate único, mas que geralmente tem uma contraparte nos personagens secretos, como Billy Kane e sua irmã Lily, Chae Lim e seu mestre Kim, Soirée e Richard Myer, além de outros. Além de desbloquear outros personagens, é possível abrir novas roupas, no modo Challenge, aonde se encara os modos Survival e Mission. Diversas roupas fazem referência a outros personagens, tanto de jogos da SNK, quanto de animes. Diabos, há referências até a Kikaider.

As CG's tanto de abertura do jogo, quanto de encerramento, são muito boas e os personagens contidos nela são bem trabalhados. Os cenários do jogo são bem feitos, e levemente destrutíveis em alguns casos. Em alguns deles, é possível encontrar Cameos de outros personagens, no Kyokugen dojo é possível encontrar Ryuhaku Todoh, Kasumi Todoh, Takuma Sakazaki e Marco Rodriguez (De Garou). Os personagens são bem modelados, a maioria baseado em seus designs clássicos do 2D e com roupas alternativas exclusivas. Um pequeno defeito é visto nos cabelos dos personagens, que se movem de uma maneira nada realista durante as lutas, enquanto que nas CG's flui lindamente, no jogo é meio robótico o movimento dos cabelos de alguns personagens (principalmente a Luise). Não que isso interfira no jogo, mas que é chato de observar, isso é.


As músicas do jogo são boas. Ainda que não totalmente memoráveis, são boas canções e conseguem transmitir o clima das lutas. Uma das minhas favoritas é o tema da mansão, que é muito bom. As vozes japonesas são excelentes, com todos os seus dubladores refazendo suas linhas clássicas (exceto os personagens novatos) e os diálogos estão muito bem executados. Já as vozes americanas, não são o desastre de Soul Calibur 3 (ou 90% dos jogos de animes dublados em inglês), mas são discrepantes. Enquanto Terry, Rock e Lien tem vozes relativamente boas, Iori, Lily e Billy tem vozes ruins, diabos, a Lily parece que tá com gripe, sei lá e o Billy aparenta ser mais velho que o Sílvio Luiz.

Finalizando, The King of Fighters: Maximum Impact 2 não é perfeito e esbarra em pequenos defeitos de colisão e o SNK Boss Syndrome que ataca às vezes com Jivatma, que é capaz de fazer combos apelões que viram a luta em 8 segundos, mas em geral é melhor que alguns episódios em 2d da série (2001, 2002 e Neowave) e conta com alguns personagens que deveriam existir no 2D. Contando com uma revisão exclusiva dos Arcades e PS2 Japoneses (Maximum Impact Regulation A), The King of Fighters Maximum Impact 2 ganha a nota 92/100. E todos comemoram de alegria.

Para aqueles que estão com dificuldade para executar os especiais confiram conferir esse link do  GameFAQs.


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